sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Unicórnios, gatos grandes, monocelhas e GOAT's camaroneses: os postes voltaram a estar na moda


Houve uma altura em que os postes dominavam. Ora pois claro, homens grandes e pesados, num desporto em que é preciso colocar uma bola num cesto alto é a combinação perfeita. Certo? Talvez, até perceberem que um lançamento atrás de uma linha vale sempre mais um ponto que um qualquer afundanço ou hook shot (se tiveres a percentagem, claro).


Quem raio haveria de querer um Hasheem Thabeet em vez de um James Harden ou de um Stephen Curry? Os Grizzlies talvez, mas isso não interessa para nada. Os Big Men tornaram-se quase obsoletos, robots preparados para ganhar ressaltos e entregar a redondinha aos pequenitos. Até parece a revolta dos Oompa Loompas, não?

Pois bem, os grandes não haveriam de se ficar e seguiram à risca os ensinamentos de um tal de Darwin. As espécies evoluem, os mais aptos ganham vantagem sobre os menos aptos e blah blah blah, não vos vou chatear com isso. Mas é aí que quero chegar: os postes perceberam que tinham de evoluir, que só uma restrita lista deles conseguiria chegar à ribalta com o jogo interior e foram para o ginásio trabalhar. Aprenderam a lançar a pedrada e ficaram a saber que depois de um ressalto podem bater com a bola no chão consecutivamente, o que lhes permite avançar no campo com a mesma. Mais, com algum trabalho feito, podem fazer isso sem se esbardalharem contra a primeira fila de adeptos.


Hoje podemos ver Porzingis marcar um triplo no MSG desde o Barclays Center, um Big KAT a organizar contra-ataques, o Anthony Davis a fazer tudo o que seja preciso em New Orleans ou até Embiid a tentar crossover's. Os bigs adaptaram-se e jogam como os pequenos, prontos a dominar a NBA dos próximos anos, enquanto os pequenos aprenderam a roubar ressaltos ou os jogadores mais influentes de cada equipa aprenderam a ser treinadores/GM's, provando que a liga americana de basquetebol é o maior exemplo à tal Teoria da Evolução de Darwin e à teoria portuguesa do "Ou vai ou racha". A questão é: o que vem a seguir?

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